Num manifesto, os diretores clínicos do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHLC) alertam para a "elevada degradação das condições de trabalho". Os responsáveis apontam como principais causas para este problema "a dotação de pessoal médico, de pessoal técnico e de enfermagem, a disponibilidade de material de consumo, a introdução de equipamento especializado, o investimento na inovação e a mera logística para o normal exercício profissional".
Segundo a nota, citada pela Lusa, os responsáveis dizem ainda que o dia-a-dia "passou a gestão permanente de crises", acrescentando que atualemente está "comprometida a sua dupla capacidade de prestação assistencial e de treino médico".
No mesmo documento, adiantam ainda que durante os últimos anos têm avisado as suas chefias sobre estes problemas que têm impedido a "assistência de qualidade aos doentes". E queixam-se da "ausência sistemática de respostas cabais". Por essa razão, consideram que chegou "o momento de trazer à consideração superior e ao conhecimento público" o cenário de "elevada degradação das condições de trabalho".
Esta situação "comprometerá no curto prazo a capacidade assistencial, levando ao encerramento de serviços, a começar pelos das diversas urgências que o centro hospitalar disponibiliza, por falta de condições mínimas, ou ausência mesmo de quaisquer condições de elementar segurança para o seu normal funcionamento", denunciam.