Ao início da tarde de ontem, saiu uma avioneta privada de matrícula inglesa do aeródromo de Tires que se despenhou mais tarde junto do Monte Enrio, Espanha. O alerta foi dado por volta das 13h50 (12h50 em Portugal), quando um habitante de Errezil, localidade próxima, entrou em contacto com as autoridades e relatou ter ouvido uma explosão.
De acordo com o jornal “El País”, as autoridades espanholas verificaram que se tinha perdido o contacto com uma aeronave privada, de modelo Piper PA-28 Cherokee, que tinha como destino o aeródromo de Hondarribia. Às 13h50, a torre de controlo do aeroporto de San Sebastian informou as autoridades que tinha perdido o sinal da aeronave, assim como as últimas coordenadas conhecidas. De imediato foi desencadeada uma operação de socorro no monte Enrio – os responsáveis de coordenação de emergências puseram em marcha uma operação de busca com unidades de Errezil, bombeiros e um helicóptero. Duas horas depois de ter ocorrido o acidente, a polícia basca conseguiu localizar os destroços da avioneta e o corpo de um dos tripulantes – localizados no cimo do monte Ernio. Aos meios que estavam no local, juntou-se ainda o Instituto Basco de Medicina Legal para proceder ao exame dos restos mortais encontrados.
Uma vez que se trata de uma zona montanhosa, as autoridades continuam ainda sem encontrar o segundo tripulante dado como desaparecido, já que as operações estavam ontem a ser dificultadas pela neblina característica do local.
Ao final da tarde, as equipas de resgate foram obrigadas a abandonar o local de buscas por falta de luz, apesar de ter sido mantido o posto de controlo para retomar os trabalhos na manhã de hoje.
Ao que tudo indica, os passageiros são de nacionalidade britânica e, de acordo com o “Público”, o registo de embarque em Tires indica que estavam duas pessoas a bordo.
Uma vez que se trata de uma zona montanhosa, com dificuldades de visibilidade e de difíceis acessos, o sistema de resposta das entidades competentes, assim que foi dado o alerta do morador, revelou-se célere.
É certo que, sendo uma comunidade autónoma de Espanha, o serviço de emergência é também gerido de forma autónoma. O serviço nacional só atua em situações de maior dimensão e, por isso, a organização é mais estruturada. Comparando com o acidente que aconteceu a 15 de dezembro em Valongo – a queda do helicóptero do INEM – a capacidade de resposta do País Basco foi maior, sendo que as entidades competentes se deslocaram de imediato para o local e encontraram os destroços duas horas depois. Em Valongo, recorde-se, passaram duas horas entre o primeiro alerta e o início da operação de socorro.