A primeira-ministra britânica, Theresa May, sofreu hoje um novo golpe na Câmara dos Comuns, a pouco menos de uma semana do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia ser votado pelos deputados.
Numa rara aliança, deputados conservadores e trabalhistas aprovaram uma lei que obriga o governo a apresentar um plano B num prazo de três dias caso o acordo seja rejeitado, ao mesmo tempo que abre a porta a alternativas, nomeadamente à realização de um segundo referendo – uma exigência de deputados dos vários espetros políticos.
Se o acordo for chumbado, May terá de apresentar uma moção com alternativas e, nesse momento, os deputados poderão avançar com uma emenda para se incluir a realização de um segundo referendo.
A lei hoje aprovada com 308 votos a favor e 297 contra, perdendo por 11 votos – 17 conservadores votaram contra a sua própria líder partidária. Antes da lei ser aprovada, May tinha 21 dias para apresentar um plano alternativo.
A rara união entre deputados conservadores e trabalhistas está a ser vista como prenúncio do que se pode esperar na votação do acordo do Brexit, na próxima terça-feira, 15 de janeiro, com deputados conservadores a votarem contra o governo do seu próprio partido. O acordo deverá ser chumbado no parlamento.