"No auge do seu estrelato, Michael Jackson deu início a relações de longa data com dois rapazes, com 7 e 10 anos, e as suas famílias", introduz a sinopse. "Agora, com mais de 30 anos, eles contam a história de como foram abusados sexualmente por Jackson e de como conseguiram ultrapassar a questão, anos depois", continua.
O documentário foi produzido e realizado por Dan Reed, realizador que já tinha sido assinado os filmes "The Paedophile Hunter" e "Three Days of Terror: The Charlie Hebdo Attacks". "Leaving Neverland" – o nome evoca a propriedade de Michael Jackson – tem a duração de 233 minutos e estreia a 25 de janeiro no festival de cinema.
Representantes da família Jackson já repudiaram o documentário à Pitchfork. “Esta é mais uma tentativa patética de explorar Michael Jackson e de faturar à conta dele. Wade Robson e James Safechuck testemunharam, sob juramento, que Michael nunca lhes fez nada de inapropriado. Safechuck e Robson, este último um auto proclamado ‘mestre da mentira’, apresentaram queixas em tribunal reclamando milhões de dólares. Essas queixas acabaram por não dar em nada. Este ‘documentário’ é um reaproveitar de alegações datadas e desacreditadas. É incompreensível que um realizador credível esteja envolvido neste projeto”.
Em 2005, Michael Jackson foi absolvido em tribunal das queixas de abuso sexual de menores de que foi alvo, depois de um julgamento mediático. Entre 2013 e 2014, as queixas apresentadas por Wade Robson e James Safechuck acabaram por ser arquivadas.
Em 2019, passam dez anos sobre a morte de Michael Jackson. O músico entrou em paragem respiratória a 25 de junho de 2009.