A intenção de abater um pinheiro manso, cujos galhos superiores começaram esta tarde de sexta-feira a ser cortados, no centro da cidade de Braga, está a dividir grupos opostos, tendo levado à intervenção da PSP, que em pouco tempo serenou ânimos mais exaltados.
O pinheiro manso, situado num condomínio fechado de três dezenas de habitações, “está a perigar algumas casas e quem lá reside”, segundo disse ao SOL o arquiteto António Fontes, autor do projeto e administrador da empresa construtora do empreendimento, quando três pessoas se colocaram debaixo da árvore, provocando a interrupção dos trabalhos, devido a razões de segurança, conforme constatou o SOL no local, junto à Rua do Sardoal, em Braga.
A deputada municipal Alexandra Vieira, do Bloco de Esquerda, foi uma das pessoas que se colocaram junto ao pinheiro manso, agarrando a corda onde se segurava um dos vários operários, levando a que tivesse sido chamada de imediato a Policia de Segurança Pública.
Outra das manifestantes, Sara Pereira, afirmou ao SOL que “havia e há ainda outras soluções, não era preciso cortar o pinheiro manso para evitar que pudesse ferir quaisquer pessoas”.
Maria Clara Oliveira, moradora na urbanização, referiu ao SOL que “ainda há dias poderia o meu marido ter morrido aqui, com a queda de um galho, também há muitas crianças pela zona todos os dias, se não cortarem o pinheiro manso, qualquer dia haveria uma tragédia”.
Já o presidente da Junta de Freguesia de São Victor, Ricardo Silva, afirmou ao SOL que “não se questiona a necessidade de acautelar a segurança das pessoas, um bem primordial, em face dos direitos ambientais, que surgem em quinto ou sexto lugar”, lamentando “a forma como o processo foi até aqui conduzido”, em face das informações contraditórias que nos últimos meses surgiram da parte de certas entidades, como a Câmara Municipal de Braga.