Esta sexta-feira, foi publicada – na revista Science – uma mais recente análise sobre este assunto e, de acordo com as informações analisadas, o cenário não é positivo.
"Se se quiser saber onde está o aquecimento global há que olhar para os oceanos", disse Zeke Hausfather, da Universidade da Califórnia, coautor da análise.
De acordo com o investigador, a temperatura dos oceanos é "um indicador importante das alterações climáticas”. Há "fortes indícios de que está a acontecer mais rapidamente" do que seria previsto, refere.
Zeke Hausfather diz que este indicador é importante uma vez que se pensa que 93% do excesso de energia solar que fica retida pelos gases com efeito de estufa se acumula nos oceanos.
Esta recente análise nota que as tendências de aquecimento dos mares correspondem às previstas nos principais modelos de alterações climáticas, mas que ainda assim o aquecimento global dos oceanos está a acontecer mais rapidamente.
"Enquanto 2018 será o quarto ano mais quente registado à superfície, deverá ser também o mais quente já registado nos oceanos, como foram 2017 e 2016", disse ainda Hausfather.