Autoridades espanholas tentam resgatar criança presa num buraco

Menino de dois anos caiu em buraco com mais de 100 metros de profundidade e menos de 25 cm de largura

As autoridades espanholas trabalharam todo dia de ontem na tentativa de resgate de um menino de dois anos, que caiu num buraco, perto da localidade de Totalán, em Málaga, no sul de Espanha. A criança passeava com a família, perto da quinta do tio, quando caiu num buraco, com mais de 100 metros de profundidade e menos de 25 cm de largura.

Mais de uma centena de elementos da Proteção Civil, Serviços de Emergência, Polícia local, Polícia Nacional e Guarda Civil trabalham para devolver o menino aos pais, Vicky e José, que estão a ser acompanhados por uma equipa de psicólogos.

Está a ser utilizado nas buscas um robô equipado com uma câmara, dado que o orifício é demasiado estreito para permitir entrada a qualquer membro das equipas de resgate. 

O robô conseguiu observar, a cerca de 70 metros da abertura do buraco, guloseimas que Yule teria consigo no momento em que caiu. No entanto, ainda não foi possível encontrar a localização exata da criança. Segundo o jornal espanhol “El Confidencial”, os pais de Yule inicialmente conseguiam ouvir o seu choro, mas depois deixou de haver sinais de vida.

O buraco onde caiu a criança foi escavado há algumas semanas, para procurar água, mas não foi encontrado nenhum aquífero. O buraco não tinha proteção nem estava assinalado. 

Equipas de especialistas têm colocado várias hipóteses para o salvamento, frustrado até à hora de fecho desta edição. As várias opções têm sido realizadas simultaneamente.

A primeira opção envolve escavar um túnel paralelo, com a mesma profundidade e metro e meio de largura. Outra perspectiva é uma escavação a céu aberto, até ao local onde se localize a criança. Também se poderá utilizar maquinaria potente para extrair a terra encontrada a bloquear a cavidade, a 73 metros de profundidade.

No entanto, para qualquer uma destas opções é necessário entubar o túnel existente, para evitar desprendimento de terras, que poderia soterrar a criança. Segundo a subdelegada do governo em Málaga, María Gámez, dificuldade não está só em “chegar ao local onde está a criança, mas também conservar o buraco por onde realizar o resgate”. A subdelegada garante que as operações continuarão até Yule ser localizado.

Quando questionado se Yule ainda se encontrará vivo, uma fonte na Guarda Civil respondeu ao “El País” que “se não acreditássemos que ainda possa estar vivo, não estaríamos a considerar todas estas opções”.

A conta de Twitter dos serviços de emergência da Andaluzia tem reportado regularmente as novidades do caso.