O praticante de bodyboard de 37 anos estava desaparecido desde 6 de janeiro, dia em que as autoridades começaram as buscas na praia da Costa da Caparica, em Almada.
"Recebemos essa informação pela hora de almoço [de terça-feira] através de um telefonema da família", confirmou o capitão do Porto de Lisboa, Coelho Gil, ao Correio da Manhã, acrescentando que "não foi dada qualquer explicação" para o desaparecimento.
O alerta tinha sido dado pela família nesse domingo ao final da tarde, pois Carlos Reis tinha saído de casa no Montijo pelas 8h e não deu no deu sinais de vida ao longo de todo o dia.
O carro do surfista foi encontrado na zona urbana da Caparica, com uma muda de roupa no interior, o que parecia indiciar que Carlos Reis tivesse entrado na água equipado para fazer bodyboard.
A Polícia Marítima não recebeu qualquer registo de incidente na água naquele dia, em que a praia esteve cheio de surfistas, mas desencadeou buscas com recurso a mobilização de meios especiais da Marinha, da Força Aérea e dos Bombeiros. Tratou-se de uma dispendiosa operação de buscas "preventiva", pois não se sabia ao certo se o bodyboarder tinha entrado ou não na água.
Até agora desconhece-se o paradeiro de Carlos Reis nestes dez dias em que esteve considerado desaparecido, não tendo sido prestada qualquer justificação.
Sabe-se no entanto que o surfista arrisca ser sujeito a um procedimento criminal. "Estamos a elaborar o expediente sobre o caso, que será oportunamente remetido para o Ministério Público, que decidirá o que fazer", adiantou o comandante Coelho Gil ao Correio da Manhã.
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