Foram eliminados pelo Facebook centenas de páginas, grupos e contas que faziam parte de duas grandes operações de desinformação e que tinham vínculo à Rússia. Segundo a empresa de Mark Zuckerberg, estas duas operações estavam “envolvidas em comportamento coordenado não autêntico” quer no Facebook, quer no Instagram.
Nathaniel Gleicher, responsável pela política de segurança cibernética da empresa, explicou que uma das redes agora desmanteladas operava em países da Europa Central e Oriental enquanto a outra focava-se na Ucrânia.
Este é mais um reforço da rede social em combater a propagação de notícias e informações falsas (as chamadas Fake News). Numa das redes desmanteladas foram fechadas 148 páginas de Facebook e 41 de Instagram, enquanto na outra encerraram 364 páginas.
Entre as publicações apresentados pelos responsáveis das contas – que se identificavam como fontes de notícias independentes – estavam temas como anti-NATO e movimentos de protesto.
Gleicher avançou ainda que um dos elementos que estava ligado à maior das duas redes – a que incluía 364 páginas – era funcionário do Sputnik, o site estatal de notícias russo em língua inglesa. A Associated Press tentou contactar o Sputnik sobre as acusações, mas não obteve resposta. No entanto, à agência estatal russa RIA Novosti, a publicação critica o Facebook: "Esta decisão é claramente política. Isto é equivalente a censura", cita a agência, a quem o Sputnik confirmou o fecho de sete contas dos seus escritórios em antigas repúblicas soviéticas.