O comandante do Regimento de Paraquedistas, coronel Hilário Dionísio Peixeiro, revelou na quinta-feira, que o Exército continua a fazer a vigilância dos paióis de Tancos, que atualmente estão vazios.
“Continuamos a destacar pessoal para lá, para evitar vandalismo” das instalações, afirmou o coronel Dionísio Peixeiro, na comissão parlamentar de inquérito ao furto de Tancos, reunida ontem.
Após o furto as Forças Armadas decidiram retirar de Tancos todo o material militar, disseminando-o por outras unidades como a base de Santa Margarida.
Recorde-se que furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, três meses mais tarde foi anunciada a sua recuperação.
Tanto um momento como outro têm sido alvo de investigação, tendo havido vários desenvolvimentos no final do ano passado, quando foram detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do roubo.
Sublinhe-se que o caso Tancos foi ainda responsável pela saída do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, entretanto substituído por João Gomes Cravinho, atualmente à frente do ministério.
O general Rovisco Duarte, chefe do Estado-Maior do Exército, também pediu, na sequência do caso, a demissão do cargo, que foi assumido pelo tenente-General Nunes da Fonseca.