A Tesla anunciou esta sexta-feira que vai despedir cerca de três mil funcionários, o que corresponde à eliminação de “7% da sua força de trabalho”, como disse Elon Musk num email enviado aos trabalhadores.
A empresa prevê um “caminho muito difícil” pela frente, principalmente na tentativa de tornar os carros elétricos do Modelo 3 mais acessíveis para os consumidores. No email, o presidente executivo da Tesla disse ainda que a empresa se vê obrigada a “reter apenas os trabalhadores contratados a prazo e com contrato a tempo inteiro” que sejam fundamentais.
“A Tesla precisa de fazer cortes e ao mesmo tempo aumentar, nos próximos meses, o ritmo de produção e efetuar muitas melhorias” no processo de produção dos veículos, acrescentou Musk que em junho já tinha anunciado o despedimento de cerca de 4.100 empregados (9% dos trabalhos da sua unidade de produção).
“Um maior volume e um melhor processo de fabrico são cruciais para que a Tesla atinja as economias de escala necessárias para fabricar o Modelo 3, com uma autonomia de 350 quilómetros, um interior standard e um preço de 35.000 dólares [30.814 euros], uma vez que somos uma empresa viável”, reforçou. Recorde que há mais de um ano que a Tesla não cumpre as previsões de produção do Modelo 3.
Apesar de Musk querer que o carro seja acessível para os clientes, este é considerado entre os veículos elétricos de luxo. Numa primeira fase a Tesla anunciou que o carro iria custar 35 mil dólares, o que o tornaria competitivo quando comparado com veículos a gasolina ou gasóleo. No entanto, até agora só têm sido produzidas as versões mais caras do Modelo 3, que rondam os 44 mil dólares (38.736 euros)