Uma ex-assistente da eurodeputada socialista Maria João Rodrigues fez uma queixa contra a também antiga ministra por assédio laboral no Parlamento Europeu. O processo chegou às instâncias competentes, em Bruxelas, em junho, e prosseguiu durante os meses de verão, tendo sido investigado. O caso está, agora, a chegar ao fim e Maria João Rodrigues enfrenta um processo laboral, em cima da formação das listas para as Europeias. Ontem, antigos e atuais assessores da eurodeputada vieram a público defendê-la, considerando-se “chocados” com a situação.
Foi o caso de Nuno Almeida d’Eça, Ainara Bascuñana, Diogo Pinto, Ana Isa Gommel e Lukas Veseley. Para os adjuntos de Maria João Rodrigues, a acusação de assédio não será seja inocente, “mas feita deliberadamente para atacar a reputação” da responsável.
Ora, na base da queixa estará a pressão de trabalho e contactos fora da hora de serviço feitos pela eurodeputada. A visada admitiu ter contactada a sua ex-assistente fora do horário laboral, mas lamentou que a queixosa não se tenha disponibilizado para uma “conversa franca” para abordar as divergências sobre os procedimentos e trabalho em equipa.
A eurodeputada emitiu, apenas, uma nota, a assegurar que aguarda “com tranquilidade a conclusão da investigação na instância parlamentar competente”, citada pela Lusa.
O deputado do PSD Duarte Marques comentou assim o caso: “A “dona” do pilar dos Direitos Sociais. Tem enganado muita gente com a sua suposta credibilidade na UE inventando, ou deixando que inventassem, cargos e funções europeias A mim nunca me enganou. Boa noite”.
O caso foi revelado pelo site Politico e, segundo apurou o i não existe nenhum português a fazer a investigação ou a verificar se há matéria para acusar a eurodeputada.