Esta segunda-feira, a Direção-Geral de Saúde divulgou, no seu site oficial, os dados oficiais ainda provisórios relativos à mortalidade infantil. Em 2018 registou-se o valor mais elevado de mortalidade infantil desde 2013.
De acordo com os dados, a taxa de mortalidade infantil foi no último ano de 3,28 mortes por cada mil nados vivos, quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24.
Em comunicado, a Ordem dos Médicos pediu que fosse feito um “apuramento rápido” das causas que levaram a este aumento e que os dados são “preocupantes”.
"A mortalidade infantil é um dos indicadores com evolução mais positiva no nosso país, motivo de referência a nível internacional. Sabemos que o aumento da idade média da maternidade e o maior recurso a tratamentos de fertilidade podem ter algum impacto negativo na mortalidade infantil. Ainda assim, este aumento merece uma rápida análise por parte do Ministério da Saúde para evitar um clima de desconfiança dos utentes em relação ao sistema de saúde", refere o bastonário Miguel Guimarães.
A DGS refere que "o número de mortes infantis em 2018 (dados provisórios) não se reflete de forma relevante na taxa de mortalidade infantil, uma vez que também se verificaram mais nados-vivos".
Em declarações aos jornalistas, Graça Freitas voltou a frisar que “o número de óbitos aumentou, mas o de nascimentos também” e realçou que este são ainda dados provisórios.
“Ainda não há dados definitivos sobre os nascimentos em 2018, motivo pelo qual ainda não tínhamos publicado a taxa oficial de mortalidade infantil”, referiu.
Graça Freitas explicou ainda que se compararmos este ano com o de 2016 “é quase igual” e que "há estabilidade desde 2013 e estes valores são abaixo da média europeia”.
“[Em Portugal] estabilizámos em valores como três óbitos em cada mil nascimentos vivos, este é o número de referência para Portugal. Por isso, o número de mortes [infantis] está dentro do expectável para o nosso país”.