O ano ainda agora começou e Jeff Bezos pode estar prestes a perder o lugar de homem mais rico do mundo, que conquistou em 2018, segundo a Forbes. O divórcio e caso extraconjugal de Jeff Bezos com a suposta melhor amiga da mulher, aproximam cada vez mais MacKenzie Bezos do primeiro lugar da lista das mulheres mais ricas do mundo e põe o ainda marido em quarto lugar.
Embora pouco se saiba sobre as causas da rutura definitiva, todos os dedos apontam para a traição com Lauren Sánchez, mulher de Patrick Whitesell, ex-pivô da Fox e suposta melhor amiga de MacKenzie.
De acordo com o National Enquirer, uma investigação de quase quatro meses seria divulgada um dia depois do anúncio de divórcio entre ambos onde as mensagem com a suposta amante, algumas com conteúdo sexual; os passeios de helicóptero; encontros românticos e jantares íntimos entre os dois e muitos outros elementos foram expostos – e esta é apontada como uma das causas para que ambos tenham concordado em tornar a separação pública.
Além da história da traição do marido e da melhor amiga, os holofotes estão agora apontados para os milhares de euros que terão de ser divididos por igual, segundo a lei de Washington, caso não exista qualquer acordo que indique o contrário.
Fazendo as contas, a divisão do total da riqueza do casal- aproximadamente 122 mil milhões de euros – irá fazer com que MacKenzie se torne a mulher mais rica do mundo, com cerca de 61 mil milhões de euros, ultrapassando a atual detentora desse título, Françoise Bettencourt Meyers, neta do fundador da L’Óreal, com um património de 34 mil milhões de euros. Além do dinheiro, a fatia de 16% das ações da Amazon possuídas pelo casal será divido em partes iguais, 8% , assim como as cinco casas.
Sorte contrária terá Jeff que irá ver a sua posição descer até ao quarto lugar, sendo ultrapassado por Bill Gates (que voltará assim a assumir o topo da lista), Warren Buffet, principal acionista, presidente do conselho e diretor executivo da Berkshire Hathaway e Marck Zuckerberg, CEO do Facebook.
O futuro da Amazon é ainda uma incógnita, mas os dois já garantiram que tencionam continuar «parceiros em investimentos e projetos».
Foi através das respetivas contas oficiais nas redes sociais que anunciaram a separação, «depois de um longo período de exploração amorosa e testes de separação». No mesmo texto, Jeff e MacKenzie afirmaram que se sentem «extremamente sortudos» por se terem conhecido e que se voltassem 25 anos atrás fariam «tudo de novo».
Os fundadores da Amazon, a maior plataforma retalhista online, casaram-se em 1992, seis meses depois de se conhecerem em Nova Iorque, no fundo de investimento D.E Shaw.
Em entrevistas, MacKenzie afirmou que, embora tivessem pouco em comum, foi o riso de Jeff que a fez apaixonar-se. Nessa altura, MacKenzie trabalhava no escritório ao lado de Jeff. «Pelas paredes ouvia-o a rir-se com aquelas gargalhadas enormes», contou, acrescentando que «foi mesmo amor à primeira audição». Foi MacKenzie, na altura com 23 anos e com o sonho de ser escritora, que convidou o (ainda) homem mais rico do mundo, com 30, para almoçar. O licenciado em engenharia eletrónica e ciências da computação e a especialista em estudos ingleses – estudaram os dois na Universidade de Princeton – casaram-se, despediram-se definitivamente de Nova Iorque e, enquanto MacKenzie conduzia rumo a Seattle, Jeff projetou o que viria a ser o ‘Cadabra’, primeiro nome da Amazon.
MacKenzie foi o primeiro grande apoio do marido, e começou por tomar controlo da contabilidade, onde tratou do primeiro acordo com uma transportadora da empresa que nasceu em 1994 como uma livraria online. A Amazon não foi um sucesso imediato e apenas no final de 2001 conseguiu apresentar saldo positivo, ainda que os números até lá tenham espantado investidores e conseguido, inclusivamente, a entrada na Bolsa de Valores. Dos livros até à venda de produtos de A a Z, da garagem na casa alugada pelo casal onde tratavam dos negócios até à primeira loja Amazon Go, foi um processo rápido e de cheio de êxitos para ambos.
Em 1999, com a mudança do casal para Washington, MacKenzie engravidou daquele que viria a ser o mais velho de quatro filhos, três biológicos e um adotado na China.
Mesmo longe da ribalta, atrás das grandes vitórias de Bezos e da Amazon, continuava a mulher discreta e que a conta-gotas se afastou das decisões da empresa e começou a concretizar o seu grande sonho. Em 2005, lançou o seu primeiro romance, A Testing of Luther Albright, que trata a vida profissional de um engenheiro nos anos 80. Em 2013 publicou Traps, que retrata a vida de uma estrela de cinema que procura o pai depois de sair da prisão, mas que encontra mais do que aquilo que estava à espera.
Hoje, com 48 anos, dedica-se à escrita e aos quatro filhos. Sobre o seu futuro, tanto financeiro como dentro da Amazon, ainda nada é certo, mas a verdade é que ficará para sempre conhecida pelo papel de grande impulsionadora da atual empresa mais valorizada do mercado.