A existência de um parque de estacionamento “selvagem” junto do Hospital de Braga foi este sábado denunciada pela empresa proprietária dos terrenos, que tem uma alternativa, mas, segundo a qual, “a Câmara Municipal de Braga não licencia o projeto, mantendo-se o estado atual daquele espaço”.
“Durante todos estes anos, a Câmara Municipal de Braga privilegiou o estacionamento abusivo e desordenado e a degradação do espaço, foi esta a solução da Câmara de Braga, ao invés de aprovar um projeto que resolveria esses mesmos problemas, respeitando todos os cuidados quanto ao impacto ambiental e quanto à imagem paisagística que a Câmara Municipal de Braga dizia querer preservar”, refere em comunicado a empresa Vilaminho.
Ainda segundo a empresa, proprietária daquele terreno, junto ao Hospital de Braga, “há oito anos que tentamos criar um espaço de estacionamento digno e enquadrado com o meio ambiente”, de modo “a acabar com o cenário desolador e caótico, junto da via de acesso ao hospital” de referência no Minho e para um universo de um milhão de utentes.
O caso é publico, com o terreno entregue ao livre arbítrio dos arrumadores, sem-abrigo e a focos de marginalidade associados, tendo vindo a degradar-se, sendo que “ao longo de todos estes anos, o espaço continua a apresentar graves falhas de segurança favorecendo fenómenos de promiscuidade, afetando também o bem-estar dos vizinhos”.
Ermelando Sequeira, proprietário do terreno, revelou já este sábado ao i ter “lutado desde sempre para criar um parque de estacionamento com condições ecológicas e devidamente licenciado por todas as entidades”, nomeadamente pela Direção Regional da Cultura do Norte e a Câmara Municipal de Braga, mas, “no entanto, durante muito tempo e sem razão aparente, a autarquia bracarense não o permitiu fazer”.
“Mais tarde a Vilaminho ficou completamente impossibilitada de o fazer após adoção de medidas cautelares, por parte da Câmara de Braga, para proteção daquela área enquadrada nas Sete Fontes”, salienta a Vilaminho.
“Somos bloqueados politicamente”, conforme refere a empresa de Ermelando Sequeira, considerando que “o processo exigia uma postura de diálogo e não de hostilização”, como a Câmara Municipal de Braga tem tratado os seus munícipes”.
“A Vilaminho sempre esteve na disposição de ordenar o espaço e até criar um parque de estacionamento até para servir o interesse público, levando inclusive a Direção Regional de Cultura do Norte a dar parecer favorável à construção do parque de estacionamento”, destaca Ermelando Sequeira.
“Bloqueio político”
“No entanto, o processo, nas mãos da autarquia bracarense sempre foi bloqueado, com pedidos de novas alterações ao projeto, que sempre foi feito cumprido sucessivamente pela Vilaminho, mas mais tarde, bloqueada politicamente”, salienta a empresa de Braga.
“A 11 de janeiro de 2016, oportunamente, comunicamos à Câmara que foi a própria que não consentiu a concretização de qualquer das soluções ou projetos apresentados pela Vilaminho impedindo a fruição ordenada do terreno e a sua vedação”, revela Ermelando Sequeira.
“Podemos constatar, uma vez mais, que o que é difícil de se conseguir, a pretensão do proprietário, torna-se demasiado simples quando dá jeito e ou é imposto pela Câmara Municipal de Braga”, conclui a Vilaminho.