A fase de instrução do caso Operação Marquês arranca hoje com o interrogatório de Bárbara Vara – filha de Armando Vara, que será ouvido logo no dia seguinte.
Em reação à notícia avançada este sábado pelo “Expresso” – que revela que a investigação tem um “capítulo oculto”, conhecido agora e que dá conta que foi a Caixa Geral de Depósitos que denunciou as irregularidades financeiras de Sócrates em 2013 – o antigo primeiro ministro, o principal arguido do processo, considerou a “investigação secreta” feita antes da abertura de inquérito como ilegal.
"Acontece que investigações secretas são ilegais. Isso é próprio de serviços de informação, não de organismos decentes da administrição penal", disse Sócrates, em declarações à Lusa.
A Operação Marquês tem, no total, 28 arguidos: 19 pessoas e nove empresas. O ex-primeiro-ministro José Sócrates é o principal arguido do processo e chegou mesmo a estar preso preventivamente quase durante um ano. É acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.