De acordo com um estudo norte-americano, as crianças que são sujeitas a severos castigos apresentam, em idade adulta, uma maior propensão para infringir a lei, falta de empatia e atitudes de desonestidade.
Os investigadores alertam que cerca de um quinto da população sofreu castigos corporais na infância.
O estudo analisou 35.800 indivíduos e, segundo a médica e investigadora Tracie Afifi, da Universidade de Manitoba, no Canadá, os “estudos já examinaram o impacto dos castigos corporais nas crianças e a predisposição futura para o desenvolvimento de comportamentos anti-sociais logo na adolescência”.
“Por exemplo pesquisas demonstraram que o ato de espancar está associado a um aumento dos níveis de agressão, a problemas comportamentais e atitudes anti-sociais e de violência mesmo durante a infância”, diz a especialista.
“Adultos que apresentam comportamentos anti-sociais podem experienciar inúmeras dificuldades no desenvolvimento e manutenção de relacionamentos positivos, terem dificuldades em manter empregos e problemas com a lei, entre outros desafios”, explicou ainda.
No entanto, a responsável pelo estudo disse que “estes comportamentos são geralmente mais prevalecentes entre os homens, comparativamente às mulheres”