O presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, disse hoje que “a condução com telemóveis tem sido um ‘terramoto’ em Portugal” a nível das causas da sinistralidade rodoviária, porque aqueles aparelhos “como bem sabem, não servem só para falar, mas para muitas outras coisas, o que se tem revelado preocupante”.
José Manuel Trigoso falava nas Jornadas Parlamentares do CDS/PP, em Braga, afirmou ainda durante esta manhã de terça-feira, “ser absolutamente trágico o número de acidentes rodoviários dentro das localidades, sendo Portugal o país com maior número de mortos e feridos graves, em toda a União Europeia”, que segundo aquele responsável, “merece um tipo de resposta também a nível sancionatório, onde se tem verificado um elevado défice”.
Ainda segundo o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, a velocidade tem estado principalmente na origem dos acidentes de viação onde se verificam as piores consequências, a par do excesso de álcool, lamentando “a diminuição do nível de fiscalização, conforme revelam os números do Relatório Anual de Segurança Interna”.
O que, como salientou o especialista, é agravado, por outro lado, “com a diminuição drástica de decisões em relação aos anos anteriores. “tendo sido de 12 por cento em 2017, quando, nos anos de 2013 e de 2014, se situava entre os 85 e os 90 por cento”, situação que José Manuel Trigoso considerou “ser verdadeiramente dramática”.
O responsável pede que “ao contrário daquilo que tem vindo a ser sucedido, se trabalham os números riquíssimos da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária”, a fim de “se inverter a tendência negativa que está a ocorrer nos últimos dois anos, em Portugal a nível de sinistralidade rodoviária”.