José Manuel Moura, antigo comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, afirmou esta terça-feira que “a proteção civil é capturada todos os anos pelos fogos florestais”, mas “não se resume” aos tradicionais dois ou três meses do verão, “incluindo toda a tipologia de acidentes”, por isso tem de ser encarada perante essa mesma realidade.
O comandante José Manuel Moura falava durante as Jornadas Parlamentares do CDS/PP, que hoje terminaram em Braga, defendeu que “o sistema de proteção civil não deverá ser perturbado com dispersão regional em que uns meios funcionam através de circunscrições distritais e outros por regiões ou unidades territoriais, quando terá que ser sempre numa lógica de coerência territorial, havendo só uma e para todos os agentes da proteção civil”.
“Os mais capazes e os mais competentes têm de estar no sistema de proteção civil, sejam do Bloco de Esquerda ou do Bloco de Direita, porque esta é uma atividade onde morrem pessoas e que é crítica, não se compadece com experimentalismos”, disse o comandante.
José Manuel Moura referiu “ser contra as ‘capelinhas’ e a dispersão de meios” no setor e também são de evitar “as sobreposições de meios”, pugnando por um equilíbrio entre os meios distribuídos pelo país, segundo as necessidades e as especificadas em cada região, “nunca improvisando e mais importante que tudo garantir que o socorro chegue a todos”.