O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou os serviços secretos norte-americanos de “passividade” e “ingenuidade” em relação ao “perigo do Irão” e mandou-os “voltar para a escola”. As críticas surgiram esta quarta-feira, depois da divulgação de um relatório dos serviços secretos que afirma que o Irão não está a fabricar armamento nuclear, apesar de Trump ter saído em 2015 do acordo nuclear assinado com Teerão alegando exatamente o contrário e levando a críticas generalizadas dos aliados dos EUA.
Durante a apresentação do relatório ao Senado, a diretora da CIA, Gina Haspel, garantiu que o Irão está tecnicamente “a cumprir” o acordo nuclear, apesar da saída dos EUA e da imposição de sanções mais duras sobre Teerão pela administração Trump. O presidente dos Estados Unidos defendeu-se, escrevendo no Twitter que a economia iraniana está de rastos e essa “é a única coisa que os tem contido”. Para Trump, os seus serviços secretos “estão errados”.
Em relação à Coreia do Norte, o líder da Casa Branca também contrariou as opiniões dos seus serviços de inteligência. O relatório afirma que é “improvável” que Pyongyang abdique do seu arsenal nuclear, que vê como “fundamental para a sobrevivência do regime” e como única defesa contra uma invasão. Mesmo que negoceie com Trump “passos parciais para a desnuclearização”, apenas quer obter “concessões dos EUA e da comunidade internacional”.
Trump explicou que a anterior administração tinha uma “relação terrível” com a Coreia do Norte e que “coisas muito más estavam prestes a acontecer”. E foi ele quem inaugurou um novo capítulo nas relações entre os EUA e a Coreia do Norte.