França, Grã-Bretanha e Alemanha desenvolveram um mecanismo europeu para negociar com o Irão, que não será baseado no dólar. O objetivo é contornar as sanções dos Estados Unidos a Teerão. As sanções foram levantadas após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de sair do tratado nuclear em 2015. O tratado estabelecia limites ao programa nuclear iraniano, a troco do levantamento de sanções internacionais. O Irão diz que deixará de cumprir o acordo a não ser que os países europeus consigam dar a volta às imposições de Washington. No entanto é improvável que o mecanismo esteja ainda operacional nos próximos meses.
Os países europeus já se tinham comprometido em facilitar que empresas invistam na economia iraniana. No entanto, até agora as sanções norte-americanas convenceram as empresas europeias de desistir dos seus planos no Irão. O novo mecanismo foi concebido para permitir equiparar as exportações energéticas iranianas com a compra de bens europeus. No entanto, a diplomacia europeia já reconheceu que o aumento do fluxo económico será limitado. Um diplomata europeu comentou à Reuters:"Isto não irá mudar as coisas drasticamente, mas é uma mensagem política para o Irão, para lhes mostrar que que estamos determinados a salvar o acordo nuclear, e também para os Estados Unidos, para demonstrar que defendemos os nossos interesses apesar das sanções deles."
O vice ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi já reagiu, afirmando: "É um primeiro passo tomado pelos europeus. Esperemos que abranja todos os items e bens". Os iranianos têm tido poucos benefícios economicos pelo seu cumprimento do acordo, reconhecido até pelas secretas americanas esta semana.