De acordo com o El País, depois de uma denúncia feita pela Associação de Advogados Cristãos, Abel Azcona está a ser investigado por "possível delito de profanação, estabelecido no artigo 254 do Código Penal" espanhol, e "delito contra sentimentos religiosos", depois de, em 2016, durante uma performance, ter escrito a palavra “pederastia” com hóstias consagradas no chão da antiga capela do convento Cal Rosal.
O artista defende que pretendia denunciar os casos de abusos sexuais de menores cometidos por padres da Igreja Católica no mundo inteiro.
Esta terça-feira, ao faltar à audiência, Azcona enviou uma carta ao juiz de instrução do processo e justificou que se sente perseguido como artista, no seu direito à liberdade de expressão.
“A desobediência está intimamente ligada à liberdade, de modo que, uma pessoa pode chegar a ser livre mediante atos de desobediência, aprendendo a dizer não ao poder, ou às formas de violência que precarizam a sua existência", lê-se na carta, citada pelo jornal espanhol.