Um segurança de 52 anos, Mário Sousinha, desapareceu em Pombal sem deixar qualquer rasto. O homem desapareceu há praticamente quatro meses, pelas 02h00 de madrugada do dia 16 de outubro de 2018.
O segurança de profissão vivia com a sua companheira em Pombal e, depois de uma discussão entre o casal, este saiu de casa e não regressou.
Mário Sousinha tinha consigo apenas os pertences normais, como a roupa que levava vestida, a carteira e o telemóvel que, mais tarde, ficou desligado.
Agora, numa entrevista dada à SIC, a irmã do homem desaparecido, Paula Sousinha, conta que tentou falar com o irmão de dia 16 a dia 20 de outubro, mas que nunca conseguiu. Mais tarde, decidiu ligar à companheira do irmão, que lhe disse que não estava preocupada. “Ela disse simplesmente que ele tinha saído de casa. Disse que não achava isto estranho e eu disse que ia apresentar queixa”, começou por explicar à SIC.
Paula, no dia 20 de outubro, dirigiu-se à GNR para apresentar queixa, mas os agentes disseram-lhe que quem devia denunciar o desaparecimento era a namorada, uma vez que tinha sido esta a última pessoa a vê-lo. Apenas passados cinco dias é que a queixa foi formalizada.
A Polícia Judiciária (PJ), em declarações ao Notícias ao Minuto, confirmou que o caso passou para a sua alçada e que estão a ser levadas a cabo diligências para encontrar Mário Sousinha. Além disso, a família de Mário nada mais sabe sobre o assunto, uma vez que a PJ não voltou a dar-lhes mais detalhes e informações acerca do caso.
No entanto, testemunhas entrevistadas pela SIC garantiram que foram efetuadas buscas com cães perto da residência do homem. Ainda assim, apesar de a PJ ter garantido à irmã de Mário Sousinha de que não havia indícios de crime, esta acredita que algo de grave aconteceu.
“Não tenho esperança de encontrar o meu irmão vivo. Só gostava era que fosse feita justiça. O desaparecimento do meu irmão foi tão bem planeado que o corpo não aparece. Foi tudo planeado ao pormenor. Certezas não há e não se pode acusar ninguém, mas tenho suspeitas que seja alguém próximo do meu irmão”, disse à SIC.
Na mesma entrevista, Paula conta ainda que um colega de trabalho do seu irmão lhe garantiu que Mário lhe tinha contado que desconfiava que andava a ser perseguido.
“Eu só soube posteriormente desse desabafo do meu irmão. Ele falou com um colega e disse que se estivesse desaparecido mais do que dois ou três dias para o procurarem porque andavam uns homens a persegui-lo. É apenas aquilo que eu sei. Se calhar essas pessoas estão envolvidas”, terminou.