A Câmara Municipal de Braga vai avançar com o processo do Ecoparque das Sete Fontes, através de uma proposta de alteração ao Plano Diretor Municipal (PDM), segundo referiu o Gabinete de Comunicação do Município de Braga.
Com a pretendida alteração do PDM, mas que está garantida à partida, já que a coligação de direita “Juntos Por Braga” dispõe de maioria, haverá então “a consequente abertura do Plano de Urbanização do Ecoparque das Sete Fontes”.
De acordo com o executivo liderado pelo social-democrata Ricardo Rio, a “alteração ao PDM visa ajustar a delimitação da Unidade Operativa de Planeamento e Gestão das Sete Fontes, bem como a definição da estrutura urbana que articule o Ecoparque com a sua ocupação envolvente, assim como a revisão e o aprofundamento da normativa executória por forma a assegurar a exequibilidade da globalidade deste programa”.
Ainda segundo a autarquia de Braga, “simultaneamente será colocado à consideração do executivo municipal a abertura do procedimento de elaboração do Plano de Urbanização para as Sete Fontes”.
A Câmara de Braga destaca que “a elaboração deste Plano de Urbanização visa enquadrar e viabilizar o projeto para a efetiva concretização do Ecoparque das Sete Fontes, com uma área similar à constante no Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor e perspetivando o Ecoparque como uma ocupação florestal que permita o seu usufruto pela população”.
“Salvaguardar as Sete Fontes”
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, refere que aquela autarquia “está disposta a adquirir os terrenos pelos valores avaliados ou então a celebrar uma parceria urbanística no âmbito do plano em curso, pelo que a abertura do Plano de Urbanização e de alteração do PDM, vem na sequência da estratégia executória já aprovada”.
“Não vamos desviar-nos do objetivo previamente definido, tendo em vista o interesse público e a salvaguarda das Sete Fontes”, sustenta o autarca, lembrando que “este é um passo determinante para a execução do Ecoparque”.
Ricardo Rio salienta que é “importante que continue a existir uma forte mobilização das instituições públicas, associações e cidadãos e uma unanimidade política em torno do Parque das Sete Fontes”.
Para o jovem autarca, “Braga merece este espaço e todos temos o dever de colaborar para que este projeto seja uma realidade o mais rapidamente possível”.
Discussão pública dos estudos
“O plano de Urbanização visa, ainda, assegurar a salvaguarda e valorização do antigo sistema de abastecimento de águas, que foi classificado como Monumento Nacional, e estabelecer a relação entre o Ecoparque e a sua área envolvente, nomeadamente com Gualtar, Hospital, Bairro da Alegria, Areal de Baixo e de Cima”, diz a Câmara de Braga.
“O Município de Braga tem em curso um programa para a execução do Ecoparque das Sete Fontes, capaz de afirmar a sua salvaguarda, viabilizar o seu usufruto pela população, assegurar o enquadramento urbanístico e potenciar o seu valor patrimonial e paisagístico, e em curso está igualmente o processo de envolvimento dos proprietários, tendo-lhes já sido apresentadas propostas concretas com vista à disponibilização do terreno para a execução do Ecoparque”, segundo diz o Gabinete de Comunicação da Câmara de Braga.
Para o dia 2 de março está agendada uma sessão pública para apresentação e discussão dos estudos arqueológicos, paisagísticos, hidrogeológicos e urbanísticos para as Sete Fontes, assim como para a execução do Ecoparque, sessão que terá lugar no Museu D. Diogo de Sousa, a partir do início da manhã.