Leonor Cipriano saiu em liberdade e reiterou a sua inocência

“Fui condenada sem provas. Não matei a minha filha. Nunca lhe faria mal. Só confessei tudo porque fui agredida na PJ de Faro”, afirmou à saída da cadeia

Leonor Cipriano, condenada pelo homicídio da filha Joana, em Portimão, saiu da prisão, esta quinta-feira, em liberdade condicional depois de ter cumprido cinco sextos da pena.

A mulher e o irmão foram condenados a 16 anos e 8 meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver em 2004. Sendo que mais tarde, recebeu mais sete meses de prisão.

Esta manhã, à saída da cadeia de Odemira, Leonor Cipriano reclamou a sua inocência e sublinhou ter sido condenada injustamente.

"Fui condenada sem provas. Não matei a minha filha. Nunca lhe faria mal. Só confessei tudo porque fui agredida na PJ de Faro", afirmou, citada pelo Jornal de Notícias.

Recorde-se que o tribunal de Faro deu como provadas as agressões, mas não conseguiu apurar a identidade dos elementos da Polícia Judiciária que a teriam agredido.

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O ex-coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Portimão, Gonçalo Amaral, foi condenado a um ano e meio pelo crime de falsidade de depoimento, com pena suspensa por igual período. O inspetor António Nunes Cardoso foi condenado a dois anos e três meses por falsificação de documento, com pena suspensa por dois anos, sendo que os restantes arguidos foram absolvidos.

O caso das agressões foi também o motivo de os mais sete meses de pena de prisão que Leonor Cipriano recebeu, por declarações contraditórias proferidas durante o julgamento dos cinco inspetores acusados de a agredirem.

Recorde-se que Joana, de oito anos, desapareceu a 12 de setembro de 2004, depois de alegadamente ter saído de casa para ir às compras a pedido da mãe e do tio, João Cipriano. A criança não voltou a ser vista e o seu corpo nunca foi encontrado.