Parlamento chumba fim das portagens na Via do Infante

Projetos tinham como objetivo acabar com as portagens em várias autoestradas

O Parlamento chumbou esta sexta-feira os projetos de resolução que recomendavam o fim das portagens na A22, conhecida como Via do Infante, A23, A24 e A25.

Os três projetos para a eliminação das portagens na Via do Infante, apresentados pelo PCP, BE e PEV, foram chumbados com os votos contra do PS e do deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira, a abstenção do PSD e CDS-PP e os votos a favor dos partidos que apresentaram as propostas, do PAN e de nove deputados socialistas.

Quanto à abolição de portagens na A23, os projetos foram rejeitados com votos contra do PS e Paulo Trigo Pereira, abstenção do PSD, CDS-PP e três deputados socialistas, e a favor do BE, PEV, PCP e 14 deputados do PS.

Em relação às portagens na A24 e A25, os projetos de resolução foram chumbados com os votos contra do PS e Paulo Trigo Pereira, abstenção do PSD e CDS-PP e votos a favor dos restantes partidos e de nove deputados do PS.

"Com esta já são nove vezes que o Bloco de Esquerda apresenta a proposta para abolir as portagens no Algarve e sempre foi travado pelos restantes partidos. É altura de votar a favor destes projetos de resolução se quiserem estar a favor do Algarve e das suas populações", disse o deputado bloquista João Vasconcelos, citado pela agência Lusa, lembrando que a alternativa à Via do Infante, a EN125, é considerada a “estrada da morte”.

Já Eduardo Machado, do PCP, afirmou que o partido queria travar "a injustiça de vários anos" que se assiste de norte a sul do país, "de Viana ao Algarve", onde as pessoas não têm alternativas.

Ricardo Bexiga, do PS, reconheceu que as portagens têm impacto negativo em vários condutores, mas questionou de que forma seria possível sustentar estas infraestruturas se houvesse, de facto, uma abolição das portagens.