Brexit. May descarta união aduaneira de Corbyn

A primeira-ministra britânica enviou uma carta ao líder trabalhista para recusar uma união aduaneira permanente com a União Europeia, revelou o ministro das prisões britânico, Rory Stewart

A primeira-ministra britânica, Theresa May, descartou o plano de uma união aduaneira do Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, numa carta a si dirigida. Todavia, a líder britânica garantiu que os partidos "têm muito em comum" nas suas políticas. O anúncio do conteúdo da carta foi revelado por um dos ministros do governo conservador, Rory Stewart, ministro das prisões. 

"O que está a acontecer aqui não é uma mudança das linhas vermelhas", garantiu Stewart à BBC, quando questionado se esse terreno comum era resultado de uma mudança nas políticas e estratégia de May para o Brexit. 

No entanto, a imprensa britânica avançou hoje que o governo está a ponderar uma saída do Reino Unido da União Europeia mais soft. 

"A primeira-ministra é muito clara sobre o que pensa que uma grande economia como a do Reino Unido precisa para ter liberdade para fazer os seus próprios acordos de comércio, então está em desacordo com a sugestão de Jeremy Corbyn de entrar numa união aduaneira permanente [com a UE]", explicou o ministro conservador na televisão pública britânica. "Ele [Corbyn] quer limitar o Brexit ao querer uma união aduaneira permanente", acrescentou Stewart. 

Em termos oficiais, May continua empenhada com o seu próprio plano para o Brexit, o plano de Chequers, querendo negociar com Bruxelas a salvaguarda na fronteira da Irlanda. Todavia, os líderes europeus já deixaram bem claro que o acordo não é negociável.