Os membros da Companhia Bombeiros Sapadores de Braga que estão em greve hoje e amanhã, “não cumprirão as diretivas já recomendadas” pela Câmara Municipal de Braga, “para não comprometer o socorro à população, pois não estavam garantidas as guarnições dos veículos de socorro”, caso “fossem seguido o preconizado pela autarquia bracarense”. que disse constituírem recomendações “irresponsáveis” face a quem conhece a realidade.
“Mesmo perdendo dinheiro, nós assumimos essa perda de vencimento, mas garantindo o socorro à população, com quem assumem a responsabilidade da sua missão”, como disse ao i o secretário coordenador do Norte, Ricardo Fernandes, da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e dirigente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais.
“Caso fossem cumpridos estes serviços mínimos, o socorro à população poderia ficar comprometido, o que para os bombeiros da Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga iria contra a sua missão e compromisso para com os que servem”, disse o dirigente.
“Em causa, está o facto de os serviços mínimos já declarados pela Câmara Municipal de Braga retirarem elementos no início e no fim de cada turno, o que poderia, alegadamente, comprometer o socorro à população por não estarem assim garantidas as guarnições dos veículos de socorro”, disse Ricardo Fernandes, sobre os Bombeiros Sapadores de Braga.
Fundamentando a posição assumida, Ricardo Fernandes deu o exemplo da paralisação de dezembro passado, já que “nestas duas horas em que a câmara pretende tirar elementos de ambos os turnos (nos serviços mínimos) registaram-se na última greve 55 emergências pré-hospitalares, seis incêndios urbanos, um salvado e seis outros serviços e se aqueles serviços voltassem a ocorrer poderiam ficar sem resposta por falta de efetivos”, salientou aquele mesmo dirigente.
“Os Bombeiros Sapadores de Braga decidiram cumprir os serviços mínimos declarados pelo Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais, assumindo a perda de vencimento, mas garantindo o socorro à população, com quem assumem a responsabilidade da sua missão”, acrescentou Ricardo Fernandes.