Carlos Pinto, vice-presidente do Aliança e ex-presidente da Câmara da Covilhã, está acusado de peculato e prevaricação. Segundo a SIC noticiou hoje, em causa está a construção da sua casa, junto ao Data Center da Covilhã – num lote inferior aos cinco mil metro de terreno definidos na lei para o efeito.
Segundo o Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra a moradia foi erguida ao arrepio do Plano Diretor Municipal, em terrenos onde não se podia construir.
De acordo com a SIC, em causa está um crime de prevaricação, um de peculato e um de participação económica em negócio. Tudo terá contado com a colaboração do diretor do urbanismo daquela autarquia Jorge Galhardo.
A Câmara Municipla da Covilhã deixou de ser liderada por Carlos Pinto em 2013.
As condicionantes à construção da moradia terão sido contornadas com pareceres jurícicos pagos com dinheiro da própria autarquia, numa altura em que o proprietário ainda não era o autarca. Mas depois de tudo aprovado, a propriedade terá ido para as suas mãos.
Esta acusação terá sido deduzida dias depois do congresso do Aliança, onde Pedro Santana Lopes sublinhou a relevância da ética na política.
Carlos Pinto reagiu à SIC negando tendo cometido qualquer crime. Acrescentou ainda que a acusação só pode vir de quem “lê muitos livros policiais”.