50 Cent. Comandante da polícia suspeito de ordenar a morte do rapper

O inspetor adjunto Emanuel Gonzalez terá dado ordens para “disparar sem aviso prévio” sobre o rapper

A polícia de Nova Iorque está a investigar alegações de que o inspetor adjunto Emanuel Gonzalez terá ameaçado de morte Curtis Jackson, conhecido no mundo da música como 50 Cent.

A ameaça terá sido feita após se saber que o cantor estaria presente num combate de boxe, para angariar fundos para a polícia de Nova Iorque. A 7 de junho de 2018, enquanto fazia a chamada, Gonzalez terá dado instruções aos seus agentes para “disparar sem aviso prévio” sobre 50 Cent. Posteriormente, Gonzalez terá tentado fazer a ameaça passar como uma piada. No entanto, pelo menos um dos presentes fez queixa ao departamento de assuntos internos da polícia nova-iorquina.

A tensão entre Gonzalez e 50 Cent já vem de antes. No mês anterior ao incidente, o comandante tinha apresentado queixa do músico por assédio, após este o acusar no Instagram de chantagear o dono de uma das suas discotecas favoritas, investigando-a sem motivo. O comandante alegou que fez a queixa por “temer pela sua segurança”, dado que 50 Cent utilizou no seu post a expressão “get the strap”, que em calão pode ser “ir buscar a arma”. O rapper respondeu sugerindo que a polícia “se dedique a combater o crime”.

A polícia de Nova Iorque afirmou, em declarações à Radio 1 Newsbeat, que o assunto “está a ser investigado internamente”. O processo está a cargo da brigada encarregue de casos de corrupção policial. Apesar disso, Gonzalez, que está há quase 30 anos na polícia, continuará em serviço ativo.

No seguimento da notícia, 50 Cent mostrou preocupação nas redes sociais por “não ter sido previamente avisado da ameaça pela polícia”. Diz estar levar o assunto “muito a sério”, e que irá consultar os seus advogados sobre as suas opções legais.  

O cantor descreveu o comandante como “um gangster com um crachá”, e criticou o facto de comandante ainda estar em funções. Garantiu no entanto que “há algumas boas pessoas a trabalhar na polícia”, dando como exemplo “os agentes que fizeram queixa do que ele [Gonzalez] lhes disse”.