Depois da entrada do novo presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, a autarquia deu ainda mais destaque ao certame, recriado com outra vertente histórica, em grande parte graças ao jovem historiador Rui Ferreira, dinamizando a vertente lúdica da Braga Romana através do Pelouro de Cultura, que tal como o Pelouro do Ambiente, têm vindo a dar uma lufada de ar fresco à cidade bimilenária, ao longo dos últimos seis anos.
As últimas edições da Braga Romana atraíram cerca de meio milhão de visitantes, como tem referido a autarquia bracarense, sendo que a organização quer afirmar Braga Romana como “uma marca para o futuro”.
O evento tem o propósito de comemorar os primeiros tempos de vida daquela que foi a Opulenta Cidade Bracara de Augustus, segundo refere a organização, a cargo da Câmara Municipal de Braga.
“Terminadas as Guerras Cantábricas que puseram fim à conquista da Península Ibérica, e instalada a pax romana, o Imperador Romano César Augusto funda três cidades no Noroeste da Hispânia, Bracara Augusta, Lucus Augusti e Asturica Augusta”, segundo recorda a autarquia bracarense.
Bracara Augusta terá sido presumivelmente fundada entre os anos 16/15 a.C. na região dos Bracari, situada entre os rios Lima e Ave, de acordo com os relatos históricos.
A nova Cidade Imperial deve o seu nome de Bracara ao povo indígena que ocupava o território, e o epíteto de Augusta, em homenagem ao Imperador que a fundou, tendo sido sede do Conventus Bracarensis, inserido na província Tarraconense.
Ao longo dos séculos, Bracara Augusta vai ganhando preponderância, chegando mesmo no século IV, com o Imperador Diocleciano, a Capital da nova província da Galécia.
Como cidade imperial, desenvolveu gradualmente importantes funções comerciais, jurídicas, religiosas, políticas e administrativas, propiciando o aparecimento de variados espaços públicos de caracter lúdico, o que nos últimos 15 anos tem sido revivido.
Braga Romana “pretende recriar o universo romano, em particular o quotidiano dos denominados Bracaraugustanos”.