Portugal fechou o ano de 2018 com uma dívida externa de 101,3% do PIB, o que indica que, embora menor que em 2017, a riqueza não conseguiu cobrir as dívidas junto do exterior.
“No final de dezembro de 2018, a PII de Portugal situou-se em -203,2 mil milhões de euros, o que traduz uma variação positiva de aproximadamente mil milhões de euros em relação ao final de 2017”, explicou o Banco de Portugal na nota de informação estatística em relação à posição de investimento internacional
A variação da Posição de Investimento Internacional ou PII deveu-se ao impacto positivo das transações e dos ajustamentos, com 1,4 mil milhões e 1,6 mil milhões respetivamente, compensado pelas variações negativas cambiais de 1,3 mil milhões e de variações negativas de preço de 0,9 mil milhões de euros.
"No caso das variações cambiais, verificou-se a depreciação do kwanza, com impacto na redução do valor em euros dos ativos angolanos detidos por residentes. No caso das variações de preço, o impacto negativo sobre a PII refletiu, principalmente, a venda de créditos de sociedades não financeiras a entidades não residentes por um valor inferior ao contratualizado", explicou o Banco de Portugal.
No caso da dívida externa líquida, que resulta de uma subtração do PII menos os instrumentos de capital, fixou-se em 179,5 mil milhões de euros. Uma redução de 2,2% em percentagem do PIB, passando de 91,7% para 89,5%.