Em março e abril do ano passado a Perpetual Guardian, uma empresa neozelandesa, implementou um novo modelo laboral: trabalhar apenas quatro dias por semana, oito horas por dia, mas com um salário equivalente a cinco dias. Agora, esta terça-feira, foi publicado um estudo final sobre a experiência e as conclusões mostram os resultados positivos do projeto.
Além do stress dos funcionários ter reduzido entre 45% a 36%, a produtividade aumentou 20%. O estudo, monitorizado por académicos da Universidade de Auckland e pela Universidade de Tecnologia de Auckland, revela ainda que o equilíbrio entre a vida profissional e laboral também cresceu de 54% para 78%.
De acordo com o fundador da empresa, Andrew Barnes, citado pelo ‘The Guardian’, o método aumentou os lucros da companhia, aumentou o nível de empenho e melhorou a disposição dos trabalhadores sem consequências negativas no trabalho produzido. Desta forma, Barnes considera que mais empresas deveriam implementar este método.
“Precisamos que mais companhias tentem esta abordagem. Irão ficar surpreendidos com as melhorias na companhia, nos trabalhadores e na comunidade adjacente", disse o responsável, que esta semana publicou um guia para auxiliar outras organizações a implementar o modelo.
Para as conclusões, os funcionários pontuaram as áreas de liderança, estímulo, empoderamento e empenho.
"Temos sido tratados como adultos e penso que o resultado é que estamos todos a agir como adultos", comentou Tammy Barker, funcionária da empresa que participou no teste, acrescentando ainda que trabalhar menos ajudou-a a concentrar-se nas suas tarefas.
À Perpetual Guardian já chegaram centenas de pedidos de informação sobre o modelo de trabalho. A empresa Wellcome Trust, do Reino Unido está a pensar em aplicá-lo no seu total de 800 trabalhadores.