O fenómeno El Niño caracteriza-se pelo aumento da temperatura à superfície do mar no Pacífico tropical centro-leste para mais 1,5ºC que a média e, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), prevê-se que exista uma probabilidade de 50 a 60% de este fenómeno ocorrer até maio deste ano, ainda que não se espere que seja um evento tão forte como outros anteriores.
Segundo a mesma organização, a temperatura à superfície no Pacífico tropical encontrava-se já no limiar dos valores, ou pelo menos ligeiramente abaixo dos limites, do El Niño em janeiro e início de fevereiro deste ano.
Os especialistas estimam ainda que o ano de 2019 seja mais quente que 2018, o que significa que será um dos quatro anos mais quentes de sempre.
Mês de janeiro foi o terceiro mais quente de sempre
Dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) revelaram, no passado dia 19 de fevereiro, que o mês de janeiro foi o terceiro mais quente de sempre do planeta Terra desde que há registos em toda a história. Neste mês, as temperaturas atingiram máximos históricos na Austrália, no sul do Brasil e em várias partes de África e da Ásia.
O relatório – desenvolvido por cientistas dos Centros de Informações Ambientais da NOAA – indica ainda que a temperatura de janeiro, tanto em terra como no mar, foi igual à de 2007, tendo, ainda assim, sido mais quente a de janeiro de 2016.
Já no que diz respeito à temperatura no mar, janeiro foi o terceiro mês mais quente, só abaixo de 2016 (o mais quente de sempre) e 2017.
Relativamente à questão da extensão de gelo, o oceano Ártico teve em janeiro a sexta menor dimensão dos últimos 41 anos.