A promessa de que as novas tabelas de preço da ADSE já estão a ser preparadas foi dada por Sofia Portela, presidente do conselho diretivo da ADSE. A expectativa, afirma, é a de negociar dentro de muito pouco tempo com os prestadores e discutir as faturas que dizem respeito aos 38 milhões de euros reclamados aos grandes grupos privados.
Ouvida na Comissão de Saúde, Sofia Portela explicou que o subsistema de saúde pretende acabar com os preços abertos nas cirurgias, medicamentos e próteses. "Naturalmente que com preços fechados a regra das regularizações deixa de ser necessária", explicou. Esta é uma das situações que os grupos de hospitais privados contestam.
Quanto aos preços, a presidente afirmou querer uma tabela justa e equitativa e deixou a certeza que o futuro será diferente, com preços fechados, onde a regra das regularizações deixa de fazer sentido, e onde a transparência está assegurada. “Estas tabelas com preços fechados não são tabelas ad aeternum. Tem de haver sempre continuidade”, disse.
Sofia Portela explicou ainda que os erros no apuramento dos 38 milhões de euros podem acontecer com os prestadores que podem dar uma mesma indicação a duas coisas distintas, uma caixa de comprimidos para uns, um único comprimido para outras.
A ADSE iniciou há dias um processo de business intelligence e quer agora iniciar um processo de fraude que irá analisar os comportamentos desviantes de todos os intervenientes, explicou a presidente do conselho diretivo. Esta também a ser feito um estudo de sustentabilidade para que seja alargado o universo de beneficiários da ADSE.