Depois de uma reunião do Conselho Geral, esta terça-feira, Tomás Correia não mostra quaisquer sinais de querer deixar a liderança da Associação Mutualista Montepio Geral.
A notícia é avançada pelo Observador, que acrescenta ainda que Tomás Correia garante, ao contrário do que indicou o Governo, que não irá haver qualquer avaliação de idoneidade.
Na mesma reunião, o Padre Vítor Melícias acrescentou ainda que “não é um secretariozeco ou um qualquer ministro que vai afastar os órgãos sociais democraticamente eleitos”.
De acordo com fonte com conhecimento do processo, citada pelo Observador, Tomás Correia passou uma mensagem de tranquilidade e defendeu ainda que a contraordenação do Banco de Portugal é um “ataque miserável” à sua liderança. O responsável entregou ainda um documento a cada um dos conselheiros que diz respeito à sua defesa contra a contraordenação do Banco de Portugal, depois de fonte ligada ao gestor revelar recentemente que este ia recorrer da condenação.
Recorde-se que Tomás Correia foi condenado a uma multa, na sequência de o Banco de Portugal ter detetado falhas de gestão, enquanto exercia o cargo do presidente do agora denominado Banco Montepio, entre 2008 e 2015.
Entre os crimes, além das falhas no controlo interno, o Banco de Portugal aponta o não respeito pelas normativas definidas nos regulamentos, que justificaram a concessão de crédito de financiamentos de elevado montante a alguns clientes, nomeadamente a Paulo Guilherme e a José Guilherme.
Além de Tomás Correia, outros sete administradores executivos também foram condenados, assim como a instituição financeira do Montepio, que terá de pagar uma multa de 3,5 milhões de euros. Ao todo foram identificados sete tipos de ilícitos.
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