Dilma Ferreira Silva, líder do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o seu marido, Caludinor Costa da Silva e uma terceira pessoa, identificada como Hilton Lopes, foram assassinados a tiro numa área rural no Estado brasileiro do Pará. As razões são ainda deconhecidas.
A denúncia do crime chegou por parte de várias organizações sociais e, em comunicado, o MAB já exigiu a “investigação rápida do crime” bem como a implementação de “medidas de segurança para os atingidos por barragens em todo o Brasil”.
“O assassinato de Dilma é mais um triste momento na história dos atingidos por barragens, que hoje comemoravam o Dia Internacional da Água”, lê-se nas redes sociais do MAB.
Uma organização ligada à Igreja Católica referiu que o local onde as vítimas se encontravam é conhecido por ter um histórico de conflitos e tem sido alvo de vários ataques. Desta forma, os assassinatos podem estar relacionados com conflitos agrários.
Recorde-se que em janeiro, a rutura de uma barragem em Brumadinho, fez 209 vítimas mortais e 97 desaparecidos.
Em comunicado, Dilma Rouseff referiu que recebeu Dilma Ferreira Silva em 2011 e que lhe foi entregue um documento com vários pedidos do MAB e acrescentou ainda que esta morte foi “autorizada pelo discurso de ódio e pela negligência do atual Governo” de Jair Bolsonaro.