A mulher colhida por um comboio em Vila Nova de Famalicão, na última quinta-feira, era vítima de violência doméstica em risco elevado, o parâmetro máximo de gravidade, segundo o SOL apurou junto de fontes policiais bracarenses.
Por isso, as autoridades policiais estão a investigar as circunstâncias da morte da mulher, de 52 anos, atropelada por um comboio, no Apeadeiro de Mouquim, em Vila Nova de Famalicão. A vítima tinha feito várias queixas contra o antigo marido, que a perseguia mesmo após a separação do casal, ocorrida há cerca de um ano, o que não foi valorizado ao nível das magistraturas, pelo menos a nível das medidas de coação, já que as comunicações da PSP de Famalicão eram constantes para o DIAP do Ministério Público, com um risco elevado.
Alvo de violência psicológica e de agressões por parte do antigo marido, a vítima estava em processo de divórcio, mas continuava a ser perseguida pelo suspeito, que não tinha de momento qualquer tipo de medida coativa impeditiva em se movimentar com à vontade.
O casal residia na Trofa até ao processo de divórcio, mas depois a mulher mudou-se para a cidade de Famalicão, mas sempre alvo de perseguição e de violência pelo ex-marido, de 62 anos, que continuou a residir na Trofa, mas a perseguir a ex-mulher, em Famalicão.
O último caso registado pela PSP de Famalicão por crime de violência doméstica pelo seu antigo marido foi há cerca de um mês, mas apesar dos vários autos registados pela Polícia de Segurança Pública durante os últimos meses, o suspeito continua em liberdade.