A Tailândia vai a eleições este domingo para o Parlamento, mas seja qual for o resultado, o país deverá manter-se sob o controlo dos militares, depois de estes terem tomado o poder, há quase cinco anos.
O sufrágio deverá restaurar a democracia, perdida em maio de 2014, altura em que os generais justificaram o golpe como forma de pôr termo à corrupção e terminar com a instabilidade política nas ruas, depois de meses de protesto.
Estas eleições, que foram adiadas várias vezes, vão servir como forma de avaliar o apoio ou a rejeição dos populares à junta militar e ao primeiro-ministro, o general Prayut Chan-ocha, que pretende renovar o cargo, mas desta vez com legitimidade democrática.
Nestas eleições estão inscritos 51,4 milhões de tailandeses.
Em disputa estão 500 lugares na Câmara dos Deputados, de entre os quais 350 serão eleitos pelos círculos eleitorais e os restantes 150 por listas de partidos, para um período de quatro anos.
Prayut é o candidato a chefe de Governo pelo partido Phalang Pracharat e parte com vantagem para estender o seu mandato, dado que só precisa do apoio de 126 deputados eleitos.
Estas são as primeiras eleições no país após a morte do rei Bhumibol, que morreu em 2016, depois de ter reinado durante 70 anos.