O ex-primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, considerou esta segunda-feira que as eleições do passado domingo foram “fraudulentas” e marcadas por irregularidades, com o único objetivo de manter o exército no poder.
"Todos sabem na Tailândia, toda a comunidade internacional que observou o escrutínio sabe que houve irregularidades", afirmou Shinawatra.
O milionário, que fez fortuna no ramo das telecomunicações, fugiu para o exílio em 2008 para escapar a processos judiciais, que afirma serem uma perseguição política. Ainda assim, mantem o estatuto de personalidade de relevo no panorama politico do país.
Sobre as eleições, o ex-primeiro-ministro afirmou que, "o número de votos excedeu em muito o número de eleitores em muitas províncias" e deixou ainda uma questão: "se o governo é eleito num sufrágio fraudulento, como conseguirá o respeito da comunidade internacional?”
Apesar do avanço da oposição, em especial do partido Pheu Thai, afeto a Thaksin Shinawatra, a junta militar deverá continuar a manter o controlo do país após a reeleição.
De recordar que estas foram as primeiras eleições depois do golpe de 2014, liderado pelo general Prayut Chan-ocha, o atual primeiro-ministro do país. Foram às urnas mais de 50 milhões de tailandeses.
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