O ex-secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos morreu, aos 43 anos, vítima de ataque cardíaco, apurou o SOL.
Recorde-se que João Vasconcelos abandonou a secretaria de Estado da Indústria do Governo socialista em julho de 2017, na sequência do Galpgate, que afastou também o então secretário de Estado da Internacionalização Jorge Costa Oliveira e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Fernando Rocha Andrade.
Os três ex-governantes e ainda o ex-assessor do primeiro-ministro Vitor Escária foram constituídos arguidos pelo crime de recebimento indevido de vantagem no caso das viagens pagas pela Galp aos jogos do Euro 2016.
João Vasconcelos tinha marcado presença num jantar com ex-dirigentes nacionais da Juventude Socialista, recentemente em Matosinhos. O deputado Sérgio Sousa Pinto foi um dos oradores do encontro, onde o também ex-secretário de Estado Marcos Perestrelo esteve presente.
Até ao seu afastamento do Governo, João Vasconcelos foi um dos mais acérrimos defensores e promotores da Web Summit em Portugal.
Recorde uma entrevista exclusiva do então secretário de Estado ao SOL, na primeira edição da feira de tecnologia em Portugal.
Antes de fazer parte da equipa de António Costa, Vasconcelos tinha sido diretor executivo da Startup Lisboa, da Associação para a Inovação e Empreendedorismo de Lisboa entre 2011 e 2015, tendo-se dedicado à promoção da sustentabilidade e responsabilidade social nos negócios e nas empresas.
João Vasconcelos foi também adjunto e assessor do gabinete do primeiro-ministro entre 2005 e 2011, no tempo de José Sócrates. Na altura tinha responsabilidade na área dos assuntos regionais e economia, entre 2005 até 2011.
Em 2017, quando saiu do Governo, escreveu: “Tenho 41 anos, estou a meio da minha vida e agora quero dedicar-me mais à minha família. Mas tal como aconteceu nos últimos 25 anos, podem contar sempre com o meu contributo para melhorar a minha comunidade e o meu país. Até porque quero continuar a ter a certeza que a minha filha terá sempre muito orgulho em tudo o que eu fiz, e que viva num Portugal melhor”.