Maria do Céu Machado, presidente da Infarmed disse esta quarta-feira que a autoridade "precisa com urgência de ter mais meios".
"Precisamos com urgência de ter mais meios e ter alguma liberdade para fazer contratações individuais de trabalho", nem que essas contratações sejam apenas temporárias, disse a responsável durante a sua audição na comissão parlamentar da Saúde acerca das falhas de medicamentos nas farmácias.
A responsável referiu ainda que aquela autoridade precisa de reforçar as ações de inspeção e fiscalização e com a "falta de recursos humanos" torna-se difícil. Já estão em curso alguns pedidos para contratar mais pessoas, mas estes ainda continuam sem qualquer resposta, revelou, acrescentando que durante o ano passado cerca de 20 profissionais abandonaram a Infarmed.
Contudo, não é só a falta de pessoas que está a preocupar a responsável. É também o facto vários técnicos superiores terem um "trabalho muito mal pago para a responsabilidade que têm".
Já quanto às falhas de medicamentos nas farmácias, a resposável subinhou os 64 milhões de medicamentos que estavam em falta o ano passado, de acordo com as contas do Observatório da Associação Nacional de Farmácias, "não são reais".
De acordo com o Infarmed, em 2018 registaram-se cerca de quatro milhões de falhas. "Alguma coisa não está bem com a metodologia" do Observatório, defendeu.
"Temos de estar atentos às falhas e ruturas, mas temos de perceber exatamente a metodologia e não lançar o alarme na população", considerou, acrescentando que "para a maior parte do que é dito que está em rutura há medicamentos alternativos ou genéricos disponíveis".