Os líderes europeus aceitaram uma extensão de seis meses da data limite de saída do Reino Unido, para 31 de outubro – bastante mais longa que a extensão até 30 de junho pedida pela primeira-ministra britânica, Theresa May.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu aos deputados britânicos para “não desperdiçarem este tempo” concedido.
Esta extensão significa que o Reino Unido tem de ir às eleições europeias, ao invés daquilo a que o Governo britânico se tinha comprometido. Caso isso não ocorra, o Reino Unido sai da UE a 1 de julho, data da tomada de posse dos eurodeputados.
May mantém-se firme quanto ao seu objetivo de que o Reino Unido saia da UE o mais depressa possível, mas apenas com “um acordo que seja do interesse nacional”, como considera ser o acordo negociado entre si e os líderes europeus.
Contudo, May não tem a vida facilitada, enfrentando os eurocéticos conservadores, que se mostraram furiosos com o adiamento. Vários deputados do seu próprio partido acusaram a primeira-ministra de estar nas mãos de Bruxelas, chegando a pedir a sua demissão.