Mãe teme que filha desaparecida seja vítima de rede de pedofilia

Progenitora encontrou “indícios fortes” no telemóvel da filha e terá alertado as autoridades dois dias antes do desaparecimento da menor

Sofia Gil, de 15 anos, está desaparecida há mais de 20 dias e a família suspeita que a menor esteja a ser vítima de uma rede de tráfico sexual ou pedofilia. A Polícia Judiciária está já a investigar as circunstâncias do desaparecimento da adolescente, com historial problemático e propenso a fugas.

A menor estava viver no Algarve, após ter estado numa instituição de jovens em risco em Lisboa, aproveitando uma visita à família do padrasto que reside na Amadora, Sofia Gil terá fugido durante a madrugada do dia 23 de março, e nunca mais foi vista.

Pouco tempo antes, a mãe tinha encontrado indícios de que a filha mantinha contacto com pessoas estranhas. "A Sofia falava com homens e chegou a enviar uma fotografia dela", adiantou ao Correio da Manhã Rosa Laranjeira.

A adolescente já tinha fugido quatro vezes de casa, tendo sido retirada à mãe e encaminhada, primeiro, para uma família de acolhimento e depois para uma instituição.

Entretanto voltou a viver com a mãe, que a levou para o Algarve para mudar o ambiente em que a filha estava inserida. Mas o comportamento da filha terá continuado a ser algo errático. Há cerca de um ano, a menor terá começado a aparecer com roupa e telefones de marca, o que levantou suspeitas à mãe, que, segundo afirmou ao mesmo jornal, avisou Tribunal de Família e Menores.

Aliás, de acordo com o advogado da família, Gameiro Fernandes, a mãe tinha feito "um pedido de internamento compulsivo" ao Tribunal de Família e Menores e, dois dias antes do desaparecimento, foi à Polícia Judiciária alertar para os "indícios fortes" de pedofilia que tinha encontrado no telemóvel.

A mãe e o padrasto deverão agora ser ouvidos pela Polícia Judiciária.