Assange quer cooperar com a Suécia para evitar extradição

A advogada do fundador do WikiLeaks, Jennifer Robinson, disse este domingo que Assange está preparado para cooperar com as autoridades suecas, caso estas tenham a intenção de o extraditar para os Estados Unidos.

Julian Assange está preso em Londres, depois de ter sido detido na embaixada do Equador na capital inglesa, onde estava refugiado há sete anos.

O jornalista pediu asilo político naquela embaixada em agosto de 2012, a fim de não ser extraditado para a Suécia, onde estava acusado de um crime de violação, num caso que entretanto já foi arquivado.

O cidadão australiano de 47 anos foi detido devido a um mandado de extradição norte-americano por “pirataria informática”, que vai ser analisado numa audiência judicial marcada para dois de maio, e a um mandado emitido em junho de 2012 pela justiça britânica devido a não ter comparecido em tribunal, um crime que pode ser punido com um ano de prisão.

Assange deverá “contestar e combater” o pedido de extradição, informou a advogada à imprensa, após a sua comparência em tribunal, citada pela agência Lusa. Para Jennifer Robinson, a detenção de Assange "constitui um perigoso precedente para os órgãos de comunicação social e os jornalistas" em todo o mundo.

Assange é também acusado de ter auxiliado a ex-analista dos serviços secretos norte-americanos Chelsea Manning a obter uma palavra-passe que lhe permitiu aceder a milhares de documentos que estavam classificados como segredos de defesa.