A empresa imobiliária Vilaminho, segunda maior detentora de terrenos nas Sete Fontes, “tem um projeto alternativo” ao da Câmara Municipal de Braga, de criação de um parque urbano, nos terrenos envolventes ao antigo sistema para abastecimento de água das Sete Fontes, na zona norte-nordeste da cidade de Braga.
Por isso, segundo o empresário Ermelando Sequeira, “abriu uma exposição para mostrar o nosso trabalho a todos os bracarenses”, pois “temos visto a Câmara Municipal de Braga fugir ao diálogo e à negociação”, mas “nós estamos de boa-fé neste processo e dispostos a ceder este projeto à Câmara Municipal de Braga, porque queremos o melhor para a cidade e para os bracarenses, continuado disponíveis para o diálogo e para a negociação”.
A Vilaminho contratou o arquiteto-paisagista Daniel Monteiro, cujo trabalho está agora exposto na Galeria de Janes, no Largo S. João de Souto, no centro histórico da cidade de Braga, sendo que esse estudo “contempla um parque verde nas Sete Fontes com uma extensão de 14 hectares, superior ao parque anunciado pela Câmara Municipal de Braga, assim como zonas de construção”.
“Esta solução, que prevê um parque urbano ‘com vida’ é vista”, por parte de Ermelando Sequeira, “como sendo a ideal para pacificar as relações entre a Câmara Municipal e os proprietários dos terrenos das Sete Fontes, que não aceitam ceder os seus terrenos por dez euros o metro quadrado”.
Segundo se refere no blog A Verdade das Sete Fontes, “após tornadas públicas as linhas principais do plano municipal para os terrenos das Sete Fontes, o arquiteto-paisagista Daniel Monteiro considera que “a Câmara Municipal de Braga e a Vilaminho defendem ideias idênticas para as Sete Fontes”.
Para Daniel Monteiro, “o que é importante é que as partes consigam sentar-se à mesa”, sendo o seu trabalho uma base para o restabelecimento do diálogo”, explicando que “este trabalho exposto, que é o meu projeto para as Sete Fontes deverá ser encarado como uma proposta para a discussão pública sobre aquilo que o Município de Braga e os bracarenses pretendem para as Sete Fontes”.
“A preocupação central com este estudo concetual foi criar uma base viável de discussão e de avaliação do que é que se poderá fazer e esta proposta é uma base de conversa, um bom ponto de partida, para discutir o futuro das Sete Fontes e resolver o impasse em que aquele território se encontra”, acrescenta o arquiteto-paisagista Daniel Monteiro.