O número de pessoas a trabalhar no setor do turismo em Portugal, até meados deste mês, ultrapassava os 400 mil. Os dados, avança a Lusa, foram revelados pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, no Castelo de Alter do Chão, em Portalegre, na cerimónia de encerramento da apresentação da cimeira Alter International Horse Summit.
“Ainda não temos números finais do mês de abril de 2019, mas já em meados de abril ultrapassámos pela primeira vez 400 mil trabalhadores a trabalhar no turismo. Nunca tivemos esse valor, em nenhum mês do ano, ainda mais importante isto acontecer no mês de abril”, disse a secretária de Estado.
Durante a cerimónia, a secretária de Estado acrescentou que este número é sinónimo de que o turismo está a mudar estruturalmente uma vez que está a alargar ao longo do ano. Essa é uma preocupação do Governo, garante: que o turismo “seja uma atividade sustentável porque só assim conseguimos ter níveis de emprego constantes e sustentáveis ao longo de todo o ano”.
Ocupação na hotelaria desceu A taxa de ocupação na hotelaria desceu 2,2% em fevereiro, fixando-se agora nos 53%. Também o preço médio por quarto disponível caiu 3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram ontem revelados pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP).
A AHP avança ainda que, o preço médio por quarto disponível (RevPar) foi de 37 euros no mês de fevereiro, o que significa uma queda de 3% em relação a período homólogo do ano passado. Os destinos com valores mais elevados são Lisboa (57 euros), Madeira (49 euros) e Porto (40 euros).
Já o preço médio por quarto ocupado mostra um aumento de 1% ao contrário dos hotéis de cinco estrelas que registaram uma queda de 2%.
“Os resultados deste mês de fevereiro foram um claro reflexo do “efeito Carnaval”, que no ano passado se festejou em fevereiro e este ano aconteceu em março. Carnaval e Páscoa, como é sabido, são dois momentos altos do primeiro quadrimestre para a hotelaria nacional, pelo que as alterações de calendário impactam no calendário”, destacou Cristina Siza Vieira, da AHP.