O juiz responsável pelo caso do produtor Harvey Weinstein expulsou repórteres e espectadores do tribunal de Manhattan, depois de tanto procuradores como advogados de defesa pedirem que a audiência fosse mantida em segredo.
“As alegações contra Weinstein a serem discutidas na audiência são altamente inflamatórias", disse o magistrado, adiantando que permitir que o público assista "resulta numa violação tanto do direito do réu a um painel de jurados imparcial quanto ao seu direito a um julgamento justo".
“A publicação desta informação neste momento não teria outro propósito senão despertar o sentimento público negativo em relação ao réu”, continuou.
Na audiência da passada sexta-feira, procuradores e advogados de defesa argumentaram evidências de crimes e outros atos criminosos que podem ser usados no julgamento de Harvey Weinstein que começa em junho.
As organizações da imprensa argumentaram que a audiência deveria ser aberta ao público,afirmando que as alegações contra o produtor já são tão conhecidas que transmiti-las em tribunal aberto não prejudicaria a sua capacidade de ter um julgamento justo. O advogado que representa as organizações da imprensa alegou que este caso é de interesse público.
Já a advogada de defesa de Harvey Weinstein concordou com a decisão de manter a audiência em segredo.
“Estamos a tentar impedir que a informação contaminada vá parar à imprensa, apenas para ser instantaneamente libertada para o público, destruindo permanentemente o direito constitucional de Weinstein de escolher um júri”. "Vamos limitar o dano que foi feito no meio de um frenesim da comunicação social insaciável”, sentenciou.