Sánchez mostrou-se seguro no seu discurso de vitória perante os cerca de mil apoiantes que se concentraram no domingo na sede do partido, em Madrid. Fez questão de recordar que, no que respeita a pactos governativos, "com Rivera, não" e "Não é não", disse.
"Creio que isso ficou bastante claro, não?", perguntou o líder dos socialistas espanhóis, citado pela Lusa.
Ainda assim, Pedro Sánchez garantiu que irá governar com todos os partidos, “dentro da Constituição”.
"A partir das nossas ideias de esquerdas e da nossa posição progressista, vamos estender a mão a todas as formações políticas dentro da Constituição, para governar contra as desigualdades sociais, em concórdia e com limpeza democrática", declarou, explicando que o respeito pela lei fundamental espanhola é "a única condição".
Num discurso feito à mesma hora, Albert Rivera, líder do Cidadãos, admitiu que o PSOE vai governar os espanhóis com a coligação Unidas Podemos, de extrema-esquerda e com os nacionalistas, o que considerou como "má notícia". Rivera disse ainda que fará uma oposição leal à Constituição, acreditando que acabará por governar a Espanha.
Recorde-se que o PSOE foi o vencedor das eleições de domingo, conseguindo eleger 122 deputados, ficando aquém da maioria absoluta. O PP também ficou longe de atingir a sua meta. Apesar de ter tido o pior resultado desde 1989, foi o segundo partido mais votado, conseguindo garantir 66 assentos no Parlamento. Já o Cidadãos foi terceiro, conseguindo eleger 57 deputados (mais 25 do que na última legislatura), ficando a apenas nove lugares do PP.