O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu um perdão presidencial a Michael Behenna, primeiro-tenente norte-americano condenado em 2009 de matar um prisioneiro afiliado à Al-Qaeda. O anúncio foi feito pela Casa Branca.
Na argumentação, a Casa Branca afirmou que o antigo soldado tem tido um desempenho exemplar e que o apoio que recebeu mostrou que fazia "todo o sentido" ser perdoado.
Desde 2014 que Behenna estava em liberdade condicional, com esta a manter-se até 2024. Com o perdão de Trump, o antigo soldado fica em liberdade total. Behenna foi condenado por um tribunal militar a 25 anos de prisão, mas acabou por ser reduzida para 15.
Tudo aconteceu em 2008 depois de a unidade do antigo soldado ter capturado o alegado terrorista da Al-Qaeda, Ali Mansur Mohamed. Foi interrogado pelos serviços de informação militares e, sem provas que o ligassem a um atentado terrorista no Iraque, foi libertado.
Behenna recebeu ordens para o levar a casa, mas, ao invés, levou o suspeito para uma zona de ferrovia, obrigou-o a despir-se e interrogou-o com uma arma apontada. Ali Mansur Mohamed acabou por levar com uma bala quando, afirmou o antigo soldado, tentou alcançar a arma.
O atentado pelo qual Ali Mansur Mohamed estava a ser interrogado tinha morto dois soldados do pelotão de Behenna, pertencente à 101 Divisão Aerotransportada norte-americana.
Nos últimos anos, Behenna tem recebido vários apoios, entre os quais o de senadores republicanos do estado de Oklahoma e de altas patentes militares.